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Entrevistando um Escritor: Karen Alvares.

Gente linda do meu core, mil perdões pelo sumiço, estou com a vida corridissíma e ta meio complicado, mas prometo que não vou abandoná-los, sempre trazendo coisas ótimas para vocês, assim como a postagem de hoje, que é uma mega entrevista com a autora Karen Alvares nossa nova parceira, escritora da Editora Draco que também é nossa parceira! Que tal conferir?

Karen Alvares conta histórias para o papel há tanto tempo que nem lembra quando começou. Autora dos romances Inverso (2015) e Alameda dos Pesadelos (2014), é também organizadora de Piratas (2015). Foi publicada em revistas e antologias de contos, como Dragões (2012) e Meu Amor é um Sobrevivente (2013) e premiada em concursos literários nacionais. Apaixonada por mundos fantásticos, histórias de terror, chocolate e gatinhos, vive em Santos/SP com o marido e cria histórias enquanto pedala sua bicicleta pela cidade.


Antes de mais nada, eu preciso agradece-la por essa maravilhosa oportunidade de ser nossa parceira e também de tirar um espacinho em seu tempo apertado para nos atender tão amadamente, obrigado!


Vamos então as perguntas!

  • Primeiramente, fale um pouco sobre você:

Sou Karen Alvares, tenho 28 anos (quase 29, faço aniversário em janeiro – ps.: recebo leitores de presente!) e vivo em Santos, litoral de São Paulo. Sou casada e tenho uma gatinha chamada Ginny (sim, de Harry Potter). Capricorniana, sonserina, amo praia, café, chocolate e nadar. E, obviamente, ler e escrever! Sou autora de Alameda dos Pesadelos e Inverso, além de vários contos em antologias, revistas e publicações independentes.

  • Quais são seus maiores sonhos? E suas maiores vontades?

Acho que, no fundo, o que todo mundo quer é ser feliz. Para mim ser feliz é estar com as pessoas que amo e fazer o que gosto, que é escrever.

  • Você sempre quis ser escritora ou tinha algum outro sonho/objetivo na vida?

Quando era criança queria ser astrônoma (não astronauta, astrônoma mesmo)! Foi na adolescência que descobri que queria ser escritora; na época, escrevia fanfics de Harry Potter e adorava as aulas de redação (exceto que no Brasil a escrita criativa não é incentivada, e foram poucas essas aulas - a maioria era de aulas de escrita dissertativa para o vestibular). Porém, ser escritor não é uma profissão aceita pela sociedade, especialmente aqui no Brasil, onde é difícil - para não dizer impossível - que um escritor pague as contas apenas com essa profissão. Por isso, fiz faculdade de tecnologia e fui ser programadora. Larguei a profissão alguns anos depois e me tornei professora de informática, profissão que agora divido com a escrita.

  • Quais são seus escritores/livros/gêneros favoritos? Por quê? E o que eles significam para você?

Meus gêneros preferidos são terror e suspense, mas leio de tudo; acho importante não só como escritora, mas também como leitora, diversificar as leituras, sair da zona de conforto. Mas o terror e o suspense são especiais pois são os gêneros que sempre atiçam em maior escala minhas emoções, minha criatividade e pensamento crítico. Meus autores favoritos são Stephen King, John Boyne, Carlos Ruiz Zafón, J. K. Rowling e Mario Prata. Já aí se percebe que, apesar de preferir um tipo de gênero, gosto de ler de tudo, não? Acredito que são esses cinco autores que mais me influenciam. Aprecio e recomendo todos os livros deles.

  • No que começar a escrever afetou em sua vida?

Escrever me faz uma pessoa mais feliz. Não é uma carreira fácil e muitas vezes bate certo desânimo em relação a algumas coisas nesse mercado, mas escrever - e tudo o que vem no pacote, como o contato com os leitores, as amizades que se faz por conta disso - é algo que, no final do dia, sempre será mais prazeroso e reconfortante que qualquer outra profissão (para mim).

  • Como você percebeu que queria ser escritora?

Desde pequena eu já gostava de escrever, fazia histórias na escola e cheguei até a ser publicada em um suplemento do jornal local para crianças. Porém só percebi mesmo que era isso que queria quando, na adolescência, comecei a escrever fanfics de Harry Potter e sentir a emoção de criar histórias (mesmo que com personagens e universos emprestados) e do retorno dos leitores. A partir daí, apesar de todas as voltas que a vida dá, a ideia continuou latente, me perseguindo, até que cedi a ela em 2012, quando considero o começo da minha carreira profissional na escrita.

  • Quem te inspirou a seguir este caminho?

Talvez seja clichê dizer isso, mas foi J. K. Rowling. Cresci com Harry Potter e foram essas histórias que me fizeram descobrir de verdade que queria escrever e me inspiraram a seguir essa carreira. As fanfics fazem parte de uma época maravilhosa da minha vida, na qual descobri algo que realmente me dava prazer em fazer. Além disso, elas foram uma verdadeira escola para escrita criativa (já que não é um curso que se incentive por aqui no país); é uma escola prática, na qual o escritor vivencia e se aperfeiçoa a cada capítulo escrito, publicado e comentado pelos leitores. E, claro, houve as pessoas fantásticas que conheci nessa época e escreviam também; as escritoras Melissa de Sá e Jaqueline de Marco, que agora também têm livros e contos publicados, são dessa mesma época e do mesmo grupo de ficwriters.

  • Quais livros/escritores são suas maiores influências?

Como acabei dizendo em outra pergunta, minhas maiores influências são Stephen King, John Boyne, Carlos Ruiz Zafón, J. K. Rowling e Mario Prata. Rowling me inspirou a começar a escrever, King me fez amar o gênero terror, Mario Prata me incentivou – pessoalmente – a seguir essa carreira, e por último, acredito que meu estilo tenha muito a ver com Boyne e Zafón, uma vez que os dois misturam todos os gêneros em seus livros, e busco sempre fazer isso em minhas histórias. Mas, no final, um escritor é influenciado por muitas outras coisas: todos os livros que leu, os professores que teve, as pessoas que amou, tudo o que experimentou...

  • De onde surgiu a história de seu livro? E seus personagens? São inspirados em pessoas ou fatos reais?

Vou responder dos dois livros que tenho publicados! Alameda dos Pesadelos surgiu em um sonho (ou devo dizer pesadelo?) que tive quando tinha 17 anos. O sonho foi uma das passagens do livro, do final do capítulo 4. A partir daí desenvolvi o resto da história (e demorei vários anos para escrevê-lo e finalmente terminá-lo). Apenas um personagem é inspirado em uma pessoa: Seu Caetano, pai de Vivian, inspirado em parte em meu próprio pai (na realidade, todos os pais que escrevo são inspirados de alguma maneira no meu pai). Inverso surgiu da minha necessidade de escrever sobre a perda, o luto. A ideia surgiu quando eu estava olhando o espelho do meu quarto (tenho um espelho enorme nele, ocupa quase toda a parede). A história foi se desenvolvendo a partir daí. Como sempre acontece, os personagens têm um pouco das pessoas que conheço e até de mim mesma, uma pincelada aqui e ali, mas acho que, novamente, inspirado mesmo em alguém só o pai de Megan, Renato (novamente, em meu pai).

  • Como é ser escritor? E como você percebeu que era neste gênero que você escrever seu primeiro livro?

Ser escritor é viver dentro de várias histórias ao mesmo tempo. Você sempre está imaginando, sempre descobrindo novas pessoas, lugares, situações. Ser escritor não é só escrever: além de fantasiar acordado (ou dormindo), é também revisar seu texto até espremer o que de melhor está escondido nas palavras, é apagar trechos (ou histórias) inteiras e fazer tudo de novo – ou abandonar a ideia, é divulgar e convencer as pessoas a lerem suas histórias, é pular de alegria a cada leitor conquistado, é aceitar críticas com a mesma humildade que se deve aceitar elogios. É, por fim, ter carinho por aquelas pessoas que, após o texto finalizado, publicado, vão ler e tomar conta da sua história.

  • Você usa algo ou alguém como referência ou é algo totalmente momentâneo?

As duas coisas. Muitas ideias aparecem do nada (geralmente quando você não pode parar para escrever), mas o ambiente, as pessoas que conhecemos, isso tudo influencia a escrita sim. Sempre se pega a característica de alguém para um personagem ou de um lugar ou alguma coisa para usar como descrição nas histórias.

  • Você se identifica com algum de seus personagens? Se sim, Qual? E Por quê?

Com vários! A gente sempre coloca um pouco da nossa alma no texto. Com a Vivian de Alameda dos Pesadelos, por exemplo, eu me identificava na época que a escrevi com a insatisfação dela, especialmente no trabalho. Já com a Megan, de Inverso, eu me identifico com o sentimento dela de vazio após a perda da mãe.

  • O que mais gosta em sua própria história?

Isso é como perguntar “o que você gosta mais no seu filho?”. Não tem como dizer e, ao mesmo tempo, sei que meu texto não é perfeito e que preciso sempre melhorar (assim como uma mãe deve saber que seu filho não é perfeito – ninguém é).

  • Como foi o processo de criação de seu livro?

Depois de ter a ideia (como disse na pergunta sobre de onde surgiram as histórias), sempre demoro um tempinho pra começar a escrever. Meio que faço isso pra ver se a ideia se sustenta, se ela é forte o suficiente pra continuar me atormentando ou se é algo que vai passar e que, por isso, não merece ser escrito. Mas chega um momento que não consigo e preciso escrever; geralmente inicio os livros em papel, com rabiscos de cenas e rascunhos dos primeiros capítulos. Depois passo isso para o computador e desenvolvo o restante da história. Não tenho horários rígidos, tanto por causa do trabalho e de outras atividades, quanto mesmo pela falta de disciplina, mas geralmente termino de escrever um livro no período de 4 a 6 meses (de escrever – revisar é outra história).

  • Qual a sensação de ver seu livro pronto?

É emocionante. Ver aquilo que você imaginou concreto é excepcional. Ainda mais quando está no formato de livro impresso, você sente que é aquilo é mesmo de verdade.

  • O que você sente vendo o quanto seu livro faz sucesso?

Sucesso é uma palavra relativa, depende do ponto de vista. Fico, claro, muito feliz quando vejo meus livros sendo lidos e comentados por leitores e blogueiros. Mas ainda não sei como é esse sucesso com filas de autógrafos e gritos por exemplo (risos).

  • E em relação à quantidade de fãs que você tem como se sente? Tem algo que gostaria de dizer a eles?

É, então, é meio como a resposta da pergunta acima. Tenho leitores muito queridos e, para eles, só tenho a dizer: muito obrigada por acompanharem minhas histórias!

  • Pensa em continuar escrevendo? Se sim, já tem alguma idéia do seu próximo livro?

Sempre! O próximo livro será Reverso, a continuação de Inverso, e já está escrito (mas agora estou naquela fase difícil de reescrever, ver se está tudo no lugar, revisar etc.). Tenho várias ideias para outros livros, mas no momento estou escrevendo apenas um, uma light novel de Boy’s Love.

  • O que você esperava para depois do lançamento? Quais eram suas expectativas? Depois do lançamento, foi como imaginou?

Acho que a gente sempre imagina dois cenários: sucesso estupendo (o que é mais um sonho) e fracasso pavoroso. A verdade é que a coisa fica ali no meio e acaba que você se surpreende de qualquer maneira, sempre é surpreendente ver que há pessoas que realmente compram e gostam do que você escreve.

  • Espaço livre:

Agradeço muito pela oportunidade de responder à essa entrevista e, como sempre, obrigada por acompanharem minhas histórias! Espero que se divirtam lendo e não se esqueçam de comentar, a opinião dos leitores é o melhor presente para um escritor. Ah, visitem meu blog: http://papelepalavras.wordpress.com/ e me acompanhem no Facebook (Karen Alvares) ou no Twitter e Instagram @karen_alvares. Beijos!


Não dá nem pra dizer que ela não é maravilhosa, né? Ótima escritora, atenciosa, carismática, um amoooooor <3

Obrigado novamente por essa maravilhosa entrevista!




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