1° capítulo de Um Toque do Passado - Dorinha Marinho, liberado pela Editora Percurso.
- ~ Benjamim
- 14 de jan. de 2016
- 3 min de leitura
Boa noite lindos, lindissimos amigos e parceiros. Ah, lançamentos, nossos parceiros estão cheios, principalmente a Editora Percurso, que anda nos deixando doidos com suas prévias e dessa vez, eu trouxe o 1° capítulo de um dos lançamentos de janeiro da editora. Confiram:

Embalada pelo sonho de encontrar um grande amor, Letícia conhece, nas belas ruas de São Luís, aquele que preenchia todos os seus anseios. Porém, o que ela não imaginava era que Aldo seria apenas um homem em sua vida, e não o homem da sua vida... Nem tudo são flores, bem como nem sempre o canto de uma sereia é o suficiente para incitar certos sentimentos. Corações se encantam, contudo, nem todo encantamento pende para o lado do amor...
Nesse cenário maravilhoso de São Luís, acontece uma história emocionante, misteriosa e capaz de mudar o destino de duas famílias.
CAPÍTULO 1 A SOLIDÃO DE LETÍCIA
Era um desses fins de tarde de verão na ilha de São Luís. O sol beijava o mar, que respondia com um barulho gostoso e aconchegante. Do alto do seu luxuoso apartamento, estava doutora Letícia, que observava o quadro fascinante que se formara sob seus olhos. Com a alma solitária, olhava para o mar e sentia vontade de chorar por ver tantos encontros na terra e tanto desencontro no seu coração.
O espetáculo que via era um convite a um passeio na noite ludovicense. Porém, sairia com quem? Poderia ser com Franco, mas este não era a pessoa que ela gostaria que lhe acompanhasse naquela noite, e, mais uma vez, voltou a se perguntar se por acaso a vida não seria mais generosa e lhe daria alguém que de fato lhe interessasse, visto que, para Franco, Letícia era a mulher dos seus sonhos. Já para ela, ele nem chegava perto de ser o homem esperado.
Enquanto seu coração solitário enamorava-se do mar, sua alma agradecia a Deus pelo privilégio de ver tão bela cena, e pelos olhos que o criador lhe dera. Reconhecia do alto do seu temor a Deus que, sem à vontade do Todo Poderoso, era impossível transformar aquela cena em um hino de louvor radiante. Naquela atitude de submissa adoração, buscava no seu íntimo a paz de espírito que lhe era tão presente, apesar de sua vida pregressa.
Letícia era maranhense, nasceu em São Luís, ausentou-se apenas para se especializar e fazer doutorado, mas era apaixonada pela cidade e também pela sua pequena família.
Após observar toda aquela paisagem e sentir-se enamorada da mesma, levantou os olhos para o alto, glorificando o Criador, porque, naquele momento, estava de folga e podia receber o grande presente de Deus.
Enquanto viajava em sonhos e em pensamentos, ainda da sacada do seu apartamento, percebeu que outra bela cena do espetáculo da natureza se formava. Se aquela imagem inundava a sua alma de gratidão, a cena atual lhe enchia de entusiasmo para sair, para buscar...
Com a vista marejada de lágrimas, imaginava o poder, a beleza e o amor de Deus. Letícia viu a lua cheia tendo seu brilho oscilado pelas águas salgadas. As ondas do mar levavam e traziam o brilho da lua que, como uma moça, enamorava-se da terra para visitá-la de maneira tão singular. O vento fazia a sua parte, como que agradecido pelos casais que ali estavam, a contemplar aquele quadro, soprava mais forte para dissipar toda e qualquer distância que houvesse entre eles. Letícia apenas observava, com a alma sensível à leitura da natureza.
Com o coração solitário, começou a cantar. Apesar de não ser o seu forte, vez ou outra se arriscava no seu violão. E, naquele momento, lembrou-se do seu amigo, que estava esquecido no canto do quarto, e começou a cantar “sinto saudades de um amor, que eu não sei onde está”. A voz de Letícia não era tão bela como a da sereia que, provavelmente, cantava para encantar os casais. Mas, mesmo assim, continuou cantando, e sentia-se bem acompanhada. No lugar da solidão, viu-se rodeada por uma força invisível. E uma alegria inexplicável transbordava de afagos sobre o seu corpo. Teve certeza de que ouviu, naquela noite, o canto da sereia, pois, ao deitar com as janelas abertas, sentiu-se acalentada e adormecida pelo timbre que vinha do mar.
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