Novo lançamento da Percurso, De Repente Casa - Karen Perez, tem prévia liberada.
- ~ Benjamim
- 11 de jan. de 2016
- 9 min de leitura
Novidades e novidades, trouxa para vocês mais uma, pois sei o quanto vocês adoram um lançamento, principalmente quando ele vem com uma boa prévia para que nós leitores possamos dar uma boa degustada e quem sabe ficar com aquele gostinho de quero mais, como eu sei que vocês ficarão com essa super obra que será lançada pela nossa parceira Editora Percurso. Que tal conferir?

Um grupo de amigas. O início perfeito para férias inesquecíveis. Uma noite em Las Vegas. E tudo mudou...
Klover, em seus 24 anos, decidiu com suas amigas que elas precisavam de férias. Após seis longos anos na faculdade de medicina, por que não iniciar suas tão merecidas férias na cidade do pecado, Las Vegas? Klover precisou apenas de uma noite, algumas doses de tequila, e outras de piña colada, para tomar a decisão mais louca de sua vida, dizer “sim, eu aceito” a um completo estranho.
Noah, um famoso ator de 28 anos, só precisou de um breve olhar na morena de olhos negros para saber que ela seria sua... Não apenas por um momento, Noah a desejava por todas as noites que surgissem enquanto vivesse. Nunca foi um homem impulsivo, até que uma decisão o incitou a cometer a maior loucura da sua vida...
Prólogo
— Finalmente, garotas, terminamos a faculdade! – gritou Lucy, entusiasmada.
Após seis longos anos cursando medicina na UFMG, havíamos terminado e, agora, éramos medicas, as cinco melhores amigas desde o começo da trajetória louca e corrida da vida de um estudante de medicina.
Agora, estávamos todas nós, após a formatura, correndo feito loucas de um lado ao outro da casa à procura dos nossos pertences. Nossas famílias já haviam voltado, e nós estávamos mais do que ansiosas para embarcar em um belo avião com o destino à cidade do Pecado, Las Vegas.
O que poderia dar errado? Seis super amigas em uma viagem ao redor do mundo, dando-se ao direito de relaxar antes da rotina corrida e maluca dos hospitais começar novamente, ser médica era gratificante, porém, muito cansativo, e não nos sobrava tempo para ter uma vida real.
Então, essa nossa pequena férias era mais do que merecida, após termos trabalhados tão arduamente.
— Klover – gritou Emelly, chamando minha atenção. – Você vai levar o quê? Apenas roupas de verão? Não se esqueça de que iremos para Londres.
— Claro que não, Emelly, vou levar algumas roupinhas de inverno também. No entanto, grande parte do vestuário que eu necessitar, comprarei durante a viagem.
Respondi com um sorriso de orelha a orelha, pensando em todas as belas roupas que compraria quando chegássemos a Paris, a capital da moda.
— Exatamente! Para que levar muitas roupas, se grande parte nós compraremos durante a viagem? Pensem no espaço que devemos deixar na mala para colocar todas as roupas Fashion que compraremos ao redor do mundo! – gritou Scarlet, de dentro do seu quarto, eufórica. Essa seria nossa primeira viagem juntas, e a primeira vez que todas nós saíamos do Brasil.
— Gente, por falar em bagagem, alguém viu minha maleta de mão? Não sei onde a coloquei, e preciso levar meu suprimento de cosméticos – disse Theodora, afobada, jogando todas as almofadas que estavam em cima de sua cama no chão.
— Theodora, não será assim que você encontrará sua necessaire, a única coisa que conseguirá, fazendo isso, é mais bagunça para ser arrumada antes de sairmos – resmungou Jenny, assim que Theodora saiu do quarto à caça de sua maleta na sala.
Era incrível como, mesmo com todas as nossas diferenças de personalidade, conseguíamos nos tornar tão boas amigas. Lucy, das seis, era a mais danada, sempre estava de namorado novo ou, como ela costumava chamar, de “peguete” novo.
Emelly era a mais reservada e romântica, sempre esperando o príncipe encantado, que não aparecia, e sofrendo todas as vezes que outro cara a enganava. Ainda assim, nunca perdia a esperança de encontrar o verdadeiro amor. Scarlet, de todas, era a mais patricinha, gostava de tudo do bom e do melhor, o que significava “quanto mais caro, mais interessante”. Pelo menos, isso era o que todos pensavam quando a viam. Porém, na realidade, era caridosa e amável, faria de tudo para ajudar todas as pessoas do mundo, se pudesse.
Theodora era a mais sensível, por tudo chorava e fazia uma tempestade em um copo d´água que era uma beleza! Às vezes, era irritante conviver com ela, mas, de todas, ela era a melhor conselheira e ouvinte. Jenny era chamada por nós de “a general”. Ela sempre gostou de impor as regras e odiava bagunça, o que significava que toda a casa deveria estar um brinco, afinal, como ela costumava dizer: “Já pensou, alguém chega aqui e vê está imundice?”...
E seria inconveniente eu me descrever, afinal, quem teria que me descrever seriam as outras pessoas, não eu mesma. Contudo, vamos apenas dizer que eu era a mais irritadiça e instável. Em alguns momentos, estava bem e tudo eram flores e amores. Em outros, tudo estava mal e a terceira guerra mundial poderia começar.
Éramos assim, uma mistura perfeita, diferentes que se completavam, opostos que se atraíam. E, nesse exato momento, estávamos prontas paras as férias mais malucas e divertidas de todas as nossas vidas.
— Vamos, vamos, garotas... Não podemos perder nosso táxi, devemos estar no aeroporto em, no máximo, uma hora – gritou Jenny, para Theodora e Scarlet que, como de costume, estavam sempre atrasadas por esquecer algo. Só esperava que esse algo não fossem os passaportes!
***
Quatro horas depois, estávamos aterrissando em L. A. Tudo era incrível ao nosso redor, saímos do avião e nos deparamos com um clima parecido com o do Brasil, apenas mais seco. O aeroporto era um caos, várias pessoas empurrando umas às outras para conseguir chegar ao portão de embarque, e nós seis, tentando sair e conseguir um táxi que nos levasse para o hotel.
Chegamos à entrada do aeroporto e logo avistamos um táxi. Saímos correndo para tentar pegá-lo antes de outra pessoa, o que conseguimos, graças aos céus, pois seria torturante ficar esperando no calor por outro táxi.
Falamos para o motorista que desejávamos ir para o Plaza Cassino & Hotel. Em menos de meia hora, ele nos deixou em frente à entrada do Hotel, dando-nos seu cartão para caso precisássemos de seu serviço novamente, o que foi ótimo, pois, nessa noite, pretendíamos solicitá-lo, era uma noite de festa.
— Olha, que lugar incrível! – exclamou Emelly, soltando um gritinho animado quando nos deparamos com o hall de entrada.
O lugar era realmente incrível, clássico, com vários quadros, pisos de mármore, detalhes em ouro, escadarias lustrosas, parecia que estávamos em um castelo vitoriano, não em um hotel.
— Realmente, este lugar é encantador.
Seguimos todas para fazer o check in, e o rapaz que realizava esse serviço olhou para nós e abriu um amplo sorriso, mostrando vários dentes branquinhos. Ele era fofo, não era feio nem bonito, apenas comum.Sua beleza era comum, nada de diferente dos caras brasileiros. Mesmo assim, eu sabia que, só pelo sorriso, teria conquistado Lucy.
Dito e feito, ela já estava saindo do fundo do grupo, seguindo para frente do balcão e começando a falar fluentemente em inglês. Deu-lhe nossos nomes e fez algumas perguntas básicas... Onde ficava o cassino, a piscina, quais eram os melhores pontos para curtir na cidade do pecado... E o rapaz lhe respondia prestativamente.
Ele nos entregou as chaves dos nossos quartos, nos mostrou onde estava o elevador e pediu para um carregador levar nossas bagagens. Ficamos todas no mesmo corredor, três quarto de luxo com uma vista linda para a cidade, não havia nada melhor.
— Então, já está decidido quem dividira o quarto com quem? – perguntou Theodora.
— Creio que sim. Eu ficarei com Scarlet; você, com Lucy; Klover, com Jenny – anunciou Emelly, animadamente, já puxando Scarlet pelo braço em direção ao quarto delas.
Nada estava diferente, seguíamos com a mesma divisão de quartos que usávamos em nossa casa no Brasil, as mais semelhantes dividiam o quarto para não dar brigas por qualquer motivo idiota.
Jenny e eu ficamos com o quarto do meio, os ambientes eram espaçosos e tinham duas belas camas de solteiro com dossel e uma televisão de tela plana. Diante dela, um sofá que parecia ter saído de um filme clássico. O quarto era muito bem iluminado, o quarto dos sonhos de qualquer pessoa, era perfeito! A porta que dava para a sacada era ampla e de vidro. Para não deixar muita luminosidade entrar, havia uma cortina azul turquesa. Era como estar em um palácio, estando apenas em um quarto de hotel. Enquanto eu checava todos os pontos do quarto, escutei Jenny:
— Klover, você tem que ver este banheiro, é incrível! Tem uma banheira com pés, uma ducha que parece caber um exército de tão grande... E olhe este espelho! Meu Deus, este detalhe em ouro é incrível! – exclamava ela, animadíssima. – Tem certeza de que isto é um hotel, e não um castelo? – completou, enquanto me puxava pelo braço para que eu visse o banheiro, e... Meu senhor, era incrível mesmo! O banheiro tinha o tamanho de um quarto, parecia um pequeno SPA.
— Eu achava que era um hotel, mas, agora, não tenho tanta certeza – respondi, passando minhas mãos na bancada da pia, que era de mármore negro, um contraste perfeito com o restante das peças.
— Se apenas o hotel é assim, eu mal posso esperar para sairmos à noite – disse Jenny, recordando-me de que tínhamos que descansar para podermos curtir nossa primeira noitada em Vegas.
— Falando nisso, acho melhor descansarmos um pouco antes de termos que nos arrumar.
— Isso é uma excelente ideia, estou exausta da viagem. Quem diria que ficar tanto tempo sentada cansaria?
Dizendo isso, Jenny jogou-se na cama e soltou um pequeno suspiro casando. Fiz o mesmo e senti aquele colchão confortável, era tão bom que eu não sabia ao certo se conseguiria me levantar depois.
Eram sete horas da noite quanto levantamos, cinco horas após nossa chegada em Las Vegas. Arrumamos-nos rapidamente, colocamos nossas melhores roupas e maquiagem, chamamos um táxi e saímos em busca de uma boate. Chegamos à entrada de uma das mais procuradas em L. A., Fifty Sins. O segurança pediu nossas identidades e logo estávamos dentro do lugar.
O ambiente era escuro e apenas as luzes de neon o clareavam, músicas eletrônicas tocavam bem alto. Fomos as seis para a ala VIP da boate, essa era parte boa de ter dinheiro e contatos para reservar nossa estadia e as demais coisas necessárias para ter uma ótima viagem. Sentadas em uma das mesas com a melhor vista para pista de dança, pedimos nossas bebidas.
— Para começar, traga uma rodada de pinã colada para todas nós – gritou Lucy, para a garçonete, que balançou a cabeça e seguiu diretamente para o bar.
Estávamos conversando sobre nossos próximos passos nessa viagem, quando Theodora bradou:
— Ai, meu Deus do céu! Meninas, olhem para aqueles caras que estão entrando na ala VIP, é um mais gostoso que o outro – disse ela, batendo as mãos, conforme sua alegria aumentava.
Olhei para trás para ver do que Theodora falava, e me deparei com um belo par de olhos azuis em nossa direção. Seu fitar era intenso, difícil de desviar, pois ele me capturava. Esforcei-me ao máximo para desvencilhar-me dessa armadilha e voltei a falar com as garotas.
— Realmente, eles são um pedaço de mau caminho... Mas vocês viram o dos olhos azuis? Gente, a cor é tão chamativa que conseguimos ate mesmo vê-los daqui, deste lugar pouco iluminado.
— Vocês viram o moreno? Aquilo que é corpo! Dá para ver todos os seus músculos com aquela camisa agarradinha que ele está usando – falou Lucy, boquiaberta e com o olhar brilhante, o mesmo que fazia sempre que encontrava um cara interessante e que logo mais caçaria.
— É um mais quente que o outro, mas eu acho que é melhor sairmos daqui e irmos dançar, para que não pensem que estamos dando mole – sugeriu Jenny. Eu, sinceramente, não me importaria que “os olhos azuis” achasse que eu estava interessada nele. Pensei comigo mesma.
— Concordo, vamos parecer difíceis. Quem sabe assim, eles vêm falar conosco – disse Emelly, enquanto olhava para o loirinho do grupo e se levantava.
Levantamos-nos e seguimos para pista de dança. Eu nunca soube dançar, e fazer isso seria como pagar um grande mico. Dane-se, tudo bem, só se vive uma vez.
Enquanto eu requebrava do meu jeito todo desengonçado, senti alguém atrás de mim, dançando comigo. Como pensei que era uma das garotas, comecei a rebolar ainda mais, até que senti certa protuberância de encontro as minhas costas e tive que me virar.
Assim que o fiz, deparei-me com o Sr. Olhos Azuis. Ele abriu um pequeno sorriso de canto, aquele sorriso danado que derretia corações. Afastei-me dele, virando-me para ir em direção a uma das meninas, pensando: “Nossa, isso foi realmente estranho”. Assim que comecei a andar, ele falou:
— Então, gracinha, você vai me deixar aqui mesmo?
Sua voz grossa e rouca fez meu corpo inteiro se derreter.
Fingi que não era comigo e continuei a andar. Então, ele puxou minha mão. Apenas com um simples toque, senti uma eletricidade estranha atravessar todo meu corpo.
— Acho que você está me confundindo com alguém – respondi, tentando não fitar em seus olhos, já que me colocou de frente.
— Creio que não, princesa. Você estava com suas amigas na área VIP do clube e, assim que cheguei, deparei-me com estes belos olhos negros. Reconheceria seu olhar mesmo depois de terem se passado anos, ele é muito cativante e único para ser confundido ou esquecido – rebateu, fazendo com que eu fitasse em seus olhos enquanto falava.
“Deus, este homem tem um olhar e um jeito incrivelmente intenso” – pensei, enquanto tentava me desviar do seu fitar.
Tirei minha mão da sua e tentei me afastar, mas foi em vão, ele passou o braço ao redor da minha cintura e disse:
— Diga-me seu nome – sussurrou em meu ouvido, seu hálito fazia cócegas em meu pescoço, arrepiando-me todinha.
— Klover – respondi baixinho, esperando que ele não tivesse escutado.
— Muito prazer, Klover. Meu nome é Noah, e hoje estou a fim de ser seu par – declarou, puxando-me para um beijo.
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