#Resenha: Uma Vida para Sempre.
Olámeus queridos, dei uma passada rápida pois eu preciso, necessito resenhar para vocês um livro que eu acabei de ler a uns 10 minutos. Este é extremamente especial e acho que vocês deveriam dar uma chance a ele. Deem uma chegada e conheçam Uma Vida para Sempre da nossa querida parceira Simone Taietti!
Ethel diz estar morrendo. Contudo, não afirma isso apenas em razão de sua doença. Talvez a única certeza de nossa existência seja a morte, o fato de que ela chega para todos. Mas nem por isso deixa de ser a maior incógnita da vida. Em um hospital, em meio à dor das histórias dos pacientes, Ethel encontrou amigos. Entre passeios em cemitérios, frequentando velórios e enterros de estranhos, ela tenta preparar a si e aqueles que ama, para o que parece estar ali tão próximo, o fim. Entretanto, não esperava enfrentar algumas surpresas que a fizessem duvidar de tal preparação. As estatísticas ruins, a inexorável passagem do tempo. Onde reside a lógica disso que nos arranca pedaços, da súbita inexistência do que outrora era vívido e pulsante? Um corpo que jaz. Palavras que se perdem. A finitude de tudo o que é tão belo talvez seja a maior dor do mundo. Uma vida para sempre é um compilado de desejos, pensamentos e dias. Quanto dura o para sempre? Ethel descobriu.
Uma jovem aparentemente normal, que leva uma vida como qualquer outra garota da sua idade, pelo menos é assim que aparenta para aqueles que não a conhece realmente. Ethel é uma menina em seus 17 anos que foi adotada com apenas três meses de idade, muito pequenina e também muito pequena foi diagnosticada com CIPA uma doença extremamente rara que causa total insensibilidade a qualquer maneira de dor (menos emocional, é claro).
Em uma de suas várias visitas ao hospital ela acaba conhecendo Vitor, um rapaz lindo e muito divertido, portador de LMA (Leucemia Mileoide Aguda). E então dias passam e juntos eles irão descobrir coisas incríveis acerca da vida.
Edite a mãe adotiva da jovem Ethel, jamais conseguiu aceitar o destino de sua filha e insiste em chama de condição, a sua miserável doença. Assim como muitas mães "reais", ela superprotege a garota e por fim a sufoca de uma forma insuportável mente irritante, mas uma hora ela precisa mudar e ver que ela tem que deixar Ethel crescer por suas próprias pernas. Será que ela consegue?
Preciso dizer que eu nunca dou muito aos livros pela sinopse ou pela capa, então eu jamais criei expectativas por este livro ou por qualquer outro antes de começar a lê-lo.
Uma das coisas que me chamam muita atenção neste livro é sua sinopse, que não faz qualquer menção aos acontecimentos dentro da história, sobre os personagens dá algo muito básico sobre Ethel e sua vida, o que é bom assim ninguém corre o perigo de captar algo surpreendente apenas pela leitura da mesma, só que dá mesma forma que apenas conta o básico, a escritora conseguiu passar muito apenas neste pequeno resumo, que de toda forma faz termos uma vontade de mergulhar neste mar de palavras.
A capa é outra coisa que não dá nada da história para quem olha sem ter ainda lido, claro que chama a atenção principalmente por sua simplicidade, mas também instiga muito, afinal pouca informação de uma maneira misteriosa nos dá aquele tcham de curiosidade e tudo isto junto, torna isso tudo demais!
Algo que me pegou muito neste enredo foi o fato de Ethel ser totalmente diferente de todas as pessoas, não posso dizer apenas garotas, em relação ao seu modo de ver a vida. Não sei se é seus passeios pelos cemitérios e velórios ou sua doença que em sua concepção a deixa cara a cara com a morte (será?). Ela é assustadoramente madura, muito mais do que qualquer um dos personagens e mesmo sem querer cativa todos a sua volta, ainda que prefira ficar sozinha ou apenas com seus amigos de hospital. Com uma visão surpreendente do mundo, da vida e da morte, ela nos ensina muito e nos faz ver que nem sempre as coisas são como acreditamos ser.
Outra coisa interessantíssima no livro é que a cada inicio de capítulo há um pequeno texto, citação, observação sobre algo real ou pessoal da personagem, do modo como ela vive ou pensa, de sua forma de ver as coisas.
Esta obra sem dúvida alguma entrou para minha lista de favoritos e também na minha lista de indicação, acho até que está no topo.
Não há de maneira alguma palavras que possam descrever as coisas que senti ao longo de cada frase lida, cada pedaço de mim que aprendeu algo e cresceu de alguma forma inexplicável, pois Uma Vida para Sempre é assim, incrivelmente inexplicável, indescritível.
Cada crença, cada maneira de pensar que foi modificada aos poucos pelas lições passadas pela pequena personagem, tão grande interiormente, em sua força e determinação vai perdurar em minha vida de agora em diante. Depois de me fazer chorar por duas longas horas sem parar, não um chorinho, mas um despejar de lágrimas que dariam ao menos uma leve poça de sentimentos.
Sentimentos, luta, injustiça, infinito, eternidade, amor, esperança, tristeza, sofrimento, dor, alegrias, simplicidade, são algumas das dezenas, na verdade centenas de palavras chaves desta breve história que traz muito a te ensinar, cheia de lições de moral, de ensinamentos e de exemplos para que você aprenda que não devemos estar perto da morte para começar a viver e que devemos seguir aquele pequeno ditado, clichê, que é viva cada dia como se fosse o último. Pois é isso, você jamais saberá quando será o seu último e eu, Ethel e Vitor sabemos que você não vai querer morrer sabendo que poderia ter feito muito mais. Então vai, faça, não pense em nada, apenas viva e aprenda com tudo. A felicidade está nas coisas mais simples da vida!
E pra finalizar, me sinto na obrigação de dizer que se eu pudesse compraria vários exemplares e daria um a cada uma das pessoas que eu amo. Já que seria um pecado não passar algo tão magnífico em frente.
Aliás, poderia ficar aqui por horas falando e falando mas o melhor é você lê-lo, aí verá que eu não estou mentindo, poderá sentir o que eu senti, assim viverá mais, amará mais, será mais e mais, até ser insuportável mente feliz logo estará pronto para aceitar a vida e a morte como ela deve ser, sem precisar dizer "e se eu tivesse feito aquilo..."